Cuidando do motor

O motor do veículo muitas vezes é comparado com o nosso coração... e pode realmente ser. Se ele não estiver funcionando corretamente, nada mais no veículo estará.

Para que isso não ocorra, alguns procedimentos preventivos são fáceis de serem executados, podendo evitar grandes gastos e muita dor de cabeça para o dono do carro.

VAZAMENTOS

Este talvez seja o procedimento mais fácil de ser identificado visivelmente, mas o ideal é que ele seja detectado antes mesmo de chegar a este ponto.

Um motor com problema de vazamento de óleo, por exemplo, por um período prolongado, ficará sem lubrificação, ocasionando um travamento das peças internas, podendo chegar a fundí-lo, ou lembrando do coração, fazendo com que ele entre em colapso.

No motor, podem existir dois tipos de vazamentos: óleo ou líquido de arrefecimento. Em ambos os casos, recomenda-se a parada imediata do veículo para evitar maiores danos.

Quando se trata de vazamento de óleo, o reconhecimento é fácil... ele estará no bloco do motor e nas juntas (sejam elas de carter ou do cabeçote) ou ainda, mais comumente, deixando uma "mancha" no chão onde fica estacionado. Mas a questão maior é saber de onde está vazando esse óleo. Para isso, somente uma análise minuciosa poderá verificar o foco inicial do problema.

Para essa detecção, inspecione mangueiras, retentores e cabeçotes antes mesmo de limpar as áreas sujas de óleo. Após a identificação do local onde se origina o vazamento, substitua o vedador que pode ser de silicone, metal ou borracha, dependendo de onde for o vazamento.

Outro local onde facilmente se encontram vazamentos é nas mangueiras. Estas podem se deteriorar pelo tempo de uso ou por práticas como a lavagem frequente do motor, que contribui para o seu ressecamento, consequentemente, facilitando o aparecimento de fissuras nelas.

Por isso, faça sempre uma verificação minuciosa em todas elas, percorrendo todo o trajeto pelo motor e seus componentes.

Outro tipo de vazamento que pode ocorrer no motor é o de líquido de arrefecimento. Este pode ser tão prejudicial quanto o primeiro citado, pois ele também pode levar ao vazamento de óleo, uma vez que o motor possuindo vazamento de líquido de arrefecimento trabalha em temperaturas mais elevadas, podendo levar ao ressecamento das juntas do motor ou até mesmo ao superaquecimento do bloco todo, culminando em mais uma forma de fundir o motor.

O vazamento do líquido de arrefecimento é mais difícil de ser detectado, pois o líquido é composto por água e aditivo que evaporam com a temperatura elevada do motor. Para esse diagnóstico ser preciso é necessário observar como o motor está trabalhando. Se ele aquece muito rapidamente (com o ligamento da ventoinha do radiador) e se o nível do líquido de arrefecimento baixa dentro do reservatório num período mais curto do que o esperado. Se sim, o vazamento pode estar ocorrendo pelas mangueiras ou pelo próprio reservatório de expansão, pela bomba d'água, pelo radiador ou ainda pelo próprio bloco de motor, caso este esteja com trincas.

Estes tipos de acontecimentos geralmente remetem mais a forma como o veículo é utilizado, pois as juntas e vedadores não possuem um tempo de vida útil definidos. Os desgastes podem ocorrer de forma natural e as juntas e vedadores devem sempre ser substituídos por peças novas, lembrando sempre que também é fundamental seguir as normas e procedimentos descritos na tabela de manutenção do manual do proprietário do veículo.

CORREIAS

Muitas são as novas tecnologias, muitos os tipos de novos motores surgindo e, consequentemente, acompanhando essa evolução, novos tipos de correias. Hoje basicamente temos seis tipos de correias de motor no mercado: correia V (ou trapezoidal), poly-V, sincronizadora, dentada, dentada dupla e elástica.

Elas variam conforme cada tipo de motor e fabricante e são , responsáveis pelo funcionamento dele. As correias devem der verificadas entre 40 e 50 mil km, de acordo com o manual de cada veículo.

A falta de manutenção na correia, bem como outros componentes do sistema, como tensionadores, rolamentos e polias, pode provocar o seu rompimento, ocasionando uma parada brusca do motor e, consequente, empenamento das válvulas, comprometendo-o definitivamente.

Um dos sintomas mais comuns de que está na hora de trocar a correia é ouvir um "chiado" quando o motor funciona. Neste caso, deve-se verificar suas ranhuras (no caso da correia dentada) e se ela está ressecada, desfiada, suja de óleo do motor ou, ainda, se está frouxa; deve-se verificar a correta tensão aplicada pelas polias e tensionadores, pois estes também podem estar desgastados.

O tensionador é blindado e possui internamente um lubrificante que com o passar do tempo resseca, podendo ocasionar o travamento da peça e o rompimento da correia.

Quando se efetua a troca da correia, recomenda-se também que seja feita a troca do conjunto polia e tensionadores, para que haja um perfeito funcionamento sincronizado de todo o sistema.

Existem ainda outros tipos de correia no veículo. São elas:

=> Correia da bomba d'água, que se rompida, pode elevar a temperatura do motor até fundí-lo;

=> Correia da direção hidráulica, que se rompida, endurece a direção, deixando o carro difícil de dirigir e causando riscos de graves acidentes;

=> Correia do alternador, que se rompida, para o sistema de ar condicionado e elétrico.